Com juros menores, mercado imobiliário recupero o folego em 2018!
Com juros menores, mercado imobiliário recupero o folego em 2018!
O mercado imobiliário brasileiro começou o ano de 2018 disposto a recuperar o tempo perdido e reforçar a tendência de alta demonstrada nos últimos meses de 2017. Dados da Associação Brasileira de Incorporadoras imobiliárias (Abrainc). desenvolvidos e calculados pela Fipe, da Universidade de São Paul, mostram os números de unidades residenciais lançadas e vendidas nos últimos 12 meses(Janeiro de 2017 a janeiro de 2018) registraram alta de 22,2% e 12% respectivamente!
No total, foram
lançadas no mercado brasileiro 82.902 unidades entre janeiro de 2017 e janeiro
de 2018. Na mesma base de comparação, as vendas somaram 105.297 imóveis novos.
“De certa forma, é possível dizer que os primeiros resultados de 2018 apontam
para uma continuidade da trajetória positiva de recuperação do mercado
observada ao longo do ano passado”, diz Luiz Antônio França, presidente da
Abrainc.
O relatório
consolidado de 2017 da pesquisa dos indicadores imobiliários nacionais da
Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), apurado em 23
microrregiões do país, demonstra que o ano terminou em nítida recuperação na
comparação com 2016. Houve crescimento em lançamentos residenciais verticais em
5,2% e, em vendas, de 9,4 % em relação ao ano anterior. O movimento, informa a
Cbic, foi impactado pelo último trimestre do ano e pela melhora da economia,
com a queda da taxa de juros, da inflação e pequena recuperação do PIB.
Levando em conta
somente o mês de janeiro, os indicadores da Abrainc apontam o lançamento de
3.414 unidades, sendo 22,1% de médio e de alto padrão e 76,8% do programa Minha
Casa Minha Vida. Janeiro também apresentou bom resultado de vendas, com 8.412
unidades comercializadas, bem acima da média mensal do primeiro trimestre de
2017, que foi de 7.616 imóveis.
Os especialistas
afirmam que os números poderiam ser melhores se o setor dispusesse de marcos
regulatórios sobre temas como o distrato, a desistência da compra do imóvel.
“Os distratos inviabilizam qualquer negócio no mercado”, diz França, lembrando
que as empresas sofrem para pagar os compradores que decidem devolver o imóvel.
Com o agravamento
da crise, nos últimos anos muitos compradores acabaram devolvendo imóveis
adquiridos na planta, o que trouxe transtornos para construtoras e
incorporadoras. Segundo França, muitas empresas, sem ter como devolver a
entrada dada pelos compradores, tiveram que fechar as portas. Somente nos
últimos 12 meses, de acordo com os dados da Abrainc, foram contabilizados 34,1
mil distratos, o equivalente a 30,7% das vendas de imóveis novos no mesmo
período.
No segmento de
imóveis de médio e de alto padrão, o percentual foi bem maior — impressionantes
42,3%. Nos imóveis do programa Minha Casa Minha Vida, as devoluções chegaram a
16,8% das unidades vendidas. Desde o ano passado, o governo tem tentado, junto
com construtoras, incorporadoras e representantes de consumidores, chegar a um
acordo para uma proposta “intermediária” que atenda a todas as partes.
Outro dado que
confirma o bom momento do mercado é o volume de financiamento imobiliário com
recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que somaram R$
3,84 bilhões em janeiro. Comparado ao mês anterior, a alta foi de 4,4%. Na
comparação com janeiro de 2017, o avanço chegou a 23,7%. No acumulado de 12
meses encerrados em janeiro de 2018, porém, o montante financiado, de R$ 43,89
bilhões, ficou 5,5% inferior ao apurado nos 12 meses anteriores.
Com orçamento de R$
82,1 bilhões para investimentos habitacionais em 2018, a Caixa, principal
agente financeiro de imóveis no país, tem como meta atingir cerca de 650 mil
novas unidades habitacionais nos próximos anos, especialmente no Minha Casa
Minha Vida. Do total de recursos, R$ 58,8 bilhões virão do Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço (FGTS) e outros R$ 12,7 bilhões, do Sistema Brasileiro de
Poupança e Empréstimo (SBPE).
A Caixa também
anunciou, depois da redução da Selic, uma diminuição nos juros dos
financiamentos de imóveis, o que deve dar mais uma ajuda na recuperação das
vendas no mercado imobiliário. “Baixar juros é sinônimo de melhorar o poder
aquisitivo das pessoas. Quando os bancos diminuem os juros, eles reduzem também
as prestações do imóvel a serem pagas, tornando o financiamento mais
acessível”, disse José Carlos Martins, presidente da Cbic.
Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2018/04/04/internas_economia,670872/com-juros-menores-mercado-imobiliario-recupera-o-folego-em-2018.shtml
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